Estatísticas do Livro Independente: 5 Coisas Que Você Precisa Saber

O mercado editorial mudou muito nos últimos anos, mudando padrões, fechando e abrindo portas, criando oportunidades inéditas para escritores de diversos gêneros.

E, nessa história, o livro independente é um marco tão importante quanto a invenção de Johannes Gutenberg e da própria escrita.

Ao analisar as estatísticas de vendas desse mercado, podemos vislumbrar o que vem pela frente e ficar mais preparados.

Nesse artigo, você vai ler…

Há ventos bons e outros nem tanto.

Comecemos com economia.

Há uma lei de mercado que diz que quando a procura é maior do que a oferta, os preços dos produtos tendem a subir, já que os consumidores se dispõem a pagar mais para obter um determinado item.

Por outro lado, quando a oferta é maior do que a demanda, os preços tendem a cair.

Infelizmente, o mercado editorial navega por essas bandas, pode chegar ao ponto de ter mais autores que leitores.

Exageros à parte, em média, muitos títulos autopublicados vendem menos de 100 cópias ao longo de sua existência.

Uma parcela considerável dos autores ganham menos de mil reais por ano com as vendas de livros.

No entanto, essa média não reflete a enorme variedade de resultados, que abrange desde obras com vendas mínimas até fenômenos literários que movimentam milhares, milhões, viram filmes, viram séries.

Outro problema dos excessos é que, com o menor custo de produção, a qualidade também vai para o espaço.

O que mais vemos hoje são livros mal escritos, mal editados, caça-níqueis, ficou muito mais difícil separar o joio do trigo.

Por isso, as boas avaliações de leitores se transformaram em uma estratégia primordial do marketing no lançamento de um livro.

A verdade é: o livro independente que faz dinheiro hoje não deixou de requerer os cuidados editoriais de outrora, como você vai ver mais adiante.

estatística do livro independente

Estatísticas do Livro Independente: Uma Breve História da Autopublicação

A indústria editorial tem raízes profundas na história.

Alguma coisa aconteceu na consciência humana há aproximadamente seis mil anos, quando um raio de inspiração culminou com a invenção da escrita.

Depois disso, o conhecimento deixou o boca a boca para poucos e passou a ser de um para mil, dez mil, dez milhões.

Segundo a Wikipedia, meio século depois de Gutenberg imprimir a primeira Bíblia, já havia mais de oito milhões de livros impressos.

O fato é que a indústria do livro mudou relativamente pouco entre Gutemberg e o final do último milênio.

A revolução da computação transformou a vida de quem escreve de maneiras antes inimagináveis, e abriu caminho para a revolução da autopublicação.

A chave foi virada em junho de 2007, com o advento das ferramentas tecnológicas disruptivas que permitiriam tornar as editoras obsoletas.

Logo depois, em novembro de 2007, nasceu o Kindle, integrado à maior livraria online do mundo, e a plataforma que virou esse mundo do avesso, o Kindle Direct Publishing (KDP).

Em 2011, a autopublicação e a ascensão dos e-books estavam em pleno andamento.

Muitos livros anteriormente rejeitados pelas editoras tradicionais se transformaram em obras bem-sucedidas e amplamente apreciadas, publicadas pelos próprios autores.

O período de 2011 a 2013, quando comecei nessa estrada, foi marcado por uma verdadeira “corrida do ouro” no Kindle.

No fim de 2012, o KDP chegou ao Brasil.

E os autores independentes pioneiros nadaram de braçada.

Durante esse tempo, lançava-se um livro na Amazon e, com relativamente pouca publicidade, era possível lucrar muito, beneficiando-se da visibilidade orgânica na plataforma.

Em 2012, a Amazon lançou sua plataforma de anúncios e, gradualmente, essa visibilidade orgânica começou a diminuir, sendo substituída pela necessidade de investir em publicidade para manter os mesmos níveis de tráfego e visibilidade.

Você deve ter reparado isso em todas as plataformas, né?

Hoje, só bunda e risadinha geram engajamento gratuito.

Para o restante, o MasterCard é necessário.

estatística do livro independente

Atualmente, o KDP compartilha o setor de autopublicação de e-books com outras plataformas de grande porte, incluindo Apple, Barnes & Noble (Nook), Google, IngramSpark e Kobo Rakuten.

No entanto, foi a Amazon que deu o pontapé inicial na revolução do livro independente, introduzindo o KDP para os autores e o Kindle para os leitores.

Como o primeiro movimento vale muito no mundo dos negócios, ela continua sendo a maior do mercado de livros.

Há indícios de que o cenário pode estar se diversificando, com um número crescente de autores agora publicando em uma variedade de plataformas, formatos e territórios.

Eu mesmo escrevi um e-book sobre a necessidade de presença em múltiplas plataformas simultâneas.

Isso é fundamental, pois não se deve colocar todos os ovos no mesmo cesto.

Aprendi isso de maneira dura, quando vi minhas vendas no KDP derreterem 70% em agosto de 2018.

Foi no exato momento em que a Amazon deixou de vender apenas livros e e-books no Brasil, para vender de tudo.

A concorrência de outros produtos derrubou muitos autores, que precisaram se reinventar.

Por isso, até hoje não entendo autores que dizem que não publicam e-books porque gostam do cheiro do papel.

O leitor pode escolher onde quer ler, se quer tinta ou bits, mas o autor que deseja vender hoje precisa estar em todos os meios.

A autopublicação também abriu oportunidades para royalties de outras paragens.

As plataformas hoje permitem que você alcance leitores em 190 países, o que expande muito o alcance potencial de suas obras.

De fato, a publicação digital vai impactar cada vez mais o mercado editorial.

As publicações digitais – leia e-book, POD e audiobooks – estão crescendo mais rápido do que o mercado como um todo.

E isso se deve muito ao livro independente…

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Estatísticas do Livro Independente: Os Velhos e Novos Meios

A autopublicação ganhou destaque como uma opção viável e atrativa para escritores de todos os gêneros.

Além das evoluções tecnológicas, esse crescimento também reflete as mudanças nas preferências dos autores e leitores.

Papel

Mais de 4 milhões de novos livros em papel foram publicados em 2022.

Como as publicações comerciais ficaram na casa dos 788 mil, isso significa que mais de 80% foram autopublicados.

Isso indica que a autopublicação se tornou uma opção cada vez mais atrativa para os escritores, o que se deve em grande parte às plataformas de impressão sob demanda, como o próprio KDP da Amazon

Hoje temos diversas plataformas que facilitam a publicação do livro em papel, como você pode ver nesse artigo aqui.

É estranho pensar que há apenas duas décadas, não existiam iPhones, nem Kindles, e a revolução iminente da autopublicação era apenas uma possibilidade distante.

Em poucos anos, o livro independente transformou a indústria de maneira irreversível.

Mas não há como ser mais preciso nesses números, pois a grande maioria das vendas ocorre fora dos canais tradicionais.

Enquanto a publicação comercial é um setor relativamente estruturado e ordenado, operando dentro da economia da escassez, o setor de autopublicação é caracterizado por abundância e diversidade.

O setor do livro independente é impulsionado por autores, criativos, empreendedores editoriais (como eu) e profissionais de negócios de diversas origens e abordagens, reunindo mentes criativas visionárias em um ambiente onde podemos criar livremente.

Leia:  9 Razões Para Vender e-Books Diretamente

Muito dessa atividade não é documentada ou é registrada apenas de maneira fragmentada, criando uma lacuna de informações na indústria.

Para complicar, plataformas de autopublicação como Amazon, Apple Books, Ingram Spark e Kobo não divulgam dados detalhados sobre suas vendas de livros, nem separam essas vendas em livros publicados comercialmente e livros autopublicados.

Como consequência, os números reais de vendas de autopublicação são provavelmente maiores do que qualquer estimativa atual.

Segundo alguns especialistas, estima-se que o mercado do livro independente hoje é 4 vezes maior do que o tradicional.

Isso se dá porque muitos livros autopublicados são vendidos sem um ISBN, diretamente pelos autores em consignações especiais, em eventos com impressões direta em gráficas, de maneiras não registradas oficialmente.

No livro digital, o cenário é diferente…

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eBooks

Atualmente, estima-se que de 30% a 34% de todas as vendas de e-books nos principais mercados globais é independente.

Apesar da presença crescente da tecnologia, as vendas de eBooks ainda ficam muito atrás das de livros impressos.

Os eBooks representam menos de 10% da receita total da indústria de livros.

Dos 26 bilhões de dólares em receita gerada em 2022, apenas 1,95 bilhões vieram de eBooks.

Mesmo assim, em 2022 foram vendidas impressionantes 526 milhões de unidades de eBooks.

A diferença também se deve ao fato do preço médio do e-book ser bem mais baixo.

Embora as vendas de livros impressos tenham caído entre 2021 e 2022, (2020 foi atípico, devido à pandemia), a tendência é de retorno ao crescimento.

Audiobooks

Apesar de representarem apenas 10% das vendas de livros, os audiobooks são o tipo de livro que mais cresce na indústria.

74 mil audiolivros foram publicados nos EUA em 2022, alcançando uma receita 1,81 bilhões de dólares.

Isso representa um aumento de 23% em relação a 2021 e marca o 10º ano consecutivo de crescimento de receita de dois dígitos.

A Audible, com mais de 200 mil títulos, é o site de audiolivros mais popular, com vendas de 940 milhões de dólares.

E como ficam os autores nessa história?

Estatísticas do Livro Independente: Autor Independente Ganha Mais

Não é preciso fazer muita conta para comprovar que autores independentes podem ganhar mais por venda do que aqueles que trabalham exclusivamente com editoras comerciais.

Em média, um autor publicado comercialmente recebe cerca de 7,5% do preço de capa de seu livro, e aqueles com agentes literários cedem mais 15% desse valor.

Em contraste, plataformas de autopublicação como Amazon, Apple Books, Ingram Spark e Kobo oferecem aos autores até 70% do valor de cada livro vendido.

Autores independentes que optam por vender diretamente aos leitores por meio de seus próprios sites podem chegar a receber até 96% do valor do livro.

Ter um e-commerce próprio, estratégia que uso desde 2020, começa a ser uma opção mais acessível e rentável para muitos autores de múltiplos livros.

Naturalmente, os custos de publicação devem ser deduzidos dessa receita, mas não há dúvida de que, ao longo da vida útil de um livro, os autores independentes têm o potencial de ganhar mais.

Além de ganhar mais, os autores independentes também ganham de forma mais confiável.

As plataformas de autopublicação permitem que autores recebam em dia, mensalmente, o que não acontece no mercado tradicional, que muitas vezes leva meses para repassar os royalties.

Outra vantagem está nos relatórios, mais transparentes que na publicação tradicional.

Algumas plataformas, oferecem relatórios em tempo real.

Se você for vender diretamente, vai obter ainda mais vantagens.

A combinação de e-commerce e pix permitiu um acontecimento inédito na vida de um autor: vender e receber na hora sem ser para parente ou amigo.

No entanto, uma andorinha não faz verão.

Um estudo feito pelo Written Word Media, sobre a renda média de escritores, aponta que autores emergentes têm, em média, 6 livros publicados.

Autores que faturam em torno de 25 mil reais por mês com seus livros, têm 22 livros publicados.

Autores que faturam 50 mil reais por mês, possuem 28 livros.

E isso independe do gênero.

Desta forma, o segredo para viver de livros é escrever e publicar muitos livros.

Mas não basta publicar qualquer tipo de livro.

Se você quer vender, alguns aspectos importam…

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Fatores Que Diferenciam os Profissionais dos Amadores

Diversos elementos desempenham papéis fundamentais no sucesso de vendas de um livro independente.

Cada fator se entrelaça com os demais, compondo um quadro complexo de sucesso e desafio.

Desta forma, se você está pensando em lançar um livro, e espera retorno financeiro, além do intelectual, considere cada um dos seguintes aspectos:

Gênero literário

De acordo com dados da Author Earnings, os cinco gêneros mais vendidos entre os livros independentes são:

  1. Romance (especialmente subgêneros, como romance contemporâneo e paranormal)
  2. Ficção científica e fantasia
  3. Mistério, thriller e suspense
  4. Não-ficção (particularmente autoajuda e desenvolvimento pessoal)
  5. Literatura erótica

O romance lidera com folga, representando quase 40% das vendas de e-books independentes.

Só nos EUA, em 2022, os romances venderam 32 milhões de cópias em papel.

Isso se deve, em parte, à lealdade dos leitores deste gênero e à sua disposição para experimentar novos autores.

A ficção científica e fantasia também se destacam, com muitos autores independentes encontrando nichos dedicados de fãs para seus mundos imaginários únicos.

Esses gêneros frequentemente se beneficiam de séries e sagas, que podem criar uma base de leitores fiéis e gerar vendas consistentes ao longo do tempo.

E também da necessidade de leituras mais rápidas, de fácil consumo, já que a competição de outros meios está cada vez mais acirrada.

Na não ficção, os gêneros que mais vendem são autoajuda e desenvolvimento pessoal.

Títulos que abordam finanças, relacionamentos e saúde, se destacam.

Assim, se seu objetivo é vender, considere a escolha do gênero.

Estratégias de marketing

A eficácia da abordagem de marketing de um autor pode impactar consideravelmente as vendas.

Autores bem-sucedidos frequentemente utilizam redes sociais, newsletters e comunidades de leitores para engajar seu público e promover seu trabalho de maneira eficiente.

De fato, o e-mail marketing e as comunidades se tornaram imprescindíveis, assim como abrir a carteira e investir em tráfego pago.

Pensar e implementar estratégias promocionais e de vendas são tarefas que não podem ser subestimadas.

Escolha de plataformas

A seleção da plataforma de publicação também influencia as vendas, pois cada uma possui seu próprio público e estrutura de royalties.

O Kindle Direct Publishing (KDP) da Amazon é reconhecido por seu amplo alcance e ferramentas promocionais robustas.

Por outro lado, plataformas como Apple Books e Kobo atraem diferentes segmentos de leitores e oferecem oportunidades únicas de mercado.

No Brasil, temos BOK2, Clube de Autores, Uiclap, PerSe e UmLivro dando um gás na impressão sob demanda, que também cresce ano após ano.

O KDP tem vendido muito livro impresso em português para leitores nos EUA, Europa e Japão.

O mercado de audiobook cresce de maneira consistente ao após ano.

Considere, então, a publicação em múltiplas plataformas e múltiplos formatos.

Leia:  A Propaganda é a Alma e a Arma para Vender Mais Livros

Qualidade do livro

A qualidade geral da obra, abrangendo escrita, edição, design da capa e formatação, é fundamental para o sucesso.

Livros de alta qualidade têm maior probabilidade de receber avaliações positivas e recomendações, impulsionando as vendas através do marketing boca a boca.

Para autores que planejam publicar de forma independente, é essencial focar inicialmente nos fundamentos do marketing literário: conteúdo envolvente e bem escrito, título e capa atraentes, edição cuidadosa e sinopse persuasiva.

Antes de seguir para as estratégias mais mirabolantes do marketing, foque no básico.

Marketing do autor

A marca pessoal do autor também pode impactar significativamente as vendas.

Autores que estabelecem uma forte presença online ou possuem seguidores em áreas relacionadas geralmente desfrutam de números de vendas mais elevados.

O meu conselho: estude branding e aprenda a construir sua marca.

Isso faz diferença em um mercado com mais competidores.

Se você é uma autora, você também leva vantagem no mercado do livro independente.

67% dos títulos autopublicados mais bem ranqueados são de autoria feminina.

Uma vantagem em relação ao mercado tradicional, onde apenas 39% dos livros mais vendidos são escritos por mulheres.

Isso indica que, na autopublicação, as mulheres conseguem construir seu próprio sucesso, diferentemente da publicação comercial, que favorece autores homens.

Assim, gênero, marketing, plataforma, qualidade e branding são a base para o sucesso no mercado competitivo de livros independentes nos dias atuais.

Enfim, esses são os dados que eu quiz trazer para você avaliar e reavaliar sua carreira literária.

Como a única coisa que não muda na vida é que tudo muda, e cada vez mais rápido, o que é certeza hoje pode não ser amanhã depois do almoço.

Por isso, temos que ter um olho no agora e outro no que vem por aí.

O Futuro da Publicação Independente

Além das mudanças nos hábitos de consumo, as inovações tecnológicas também impulsionaram muitas evoluções nesse mercado.

Hoje podemos publicar, promover, vender sem editoras, sem agentes, sem intermediários.

Amanhã poderemos ainda mais.

Eis algumas tendências emergentes que vão causar mais plot-twists na vida de quem escreve…

Inteligência Artificial

Ferramentas de IA serão cada vez mais utilizadas para auxiliar no planejamento, escrita, edição, design de capas e até mesmo na geração de ideias.

Embora o uso de IA na escrita seja um tema controverso, ela ganhou terreno e já está revolucionando muitos aspectos do processo editorial.

Eu abordei esse tema em vários artigos, que você pode acessar aqui.

O lado sombrio dessa tendência, a meu ver, pior do que o advento da Skynet e do exterminador do futuro, é que a quantidade de joio vai transbordar (e muito!) o copo.

Mais um motivo para você usar, mas buscando sempre manter a autenticidade.

Realidade Virtual e Aumentada

Já existem livros interativos que incorporam elementos de RA e RV, o que cria experiências de leitura imersivas.

Essa tecnologia tem o potencial de transformar a maneira como os leitores interagem com o conteúdo, especialmente em gêneros como ficção científica, fantasia e livros infantis.

Já acho que é algo mais voltado para nerds e crianças.

Talvez, com uma maior difusão dos óculos imersivos, como o do Zuckerberg, livros com interatividade se propaguem.

Blockchain e NFTs

A WEB 3 vai mudar o mundo digital de uma maneira disruptiva.

A meu ver, blockchain e tokens não fungíveis serão as tábuas de salvação, não apenas de autores, mas de artistas e criadores de conteúdo em geral.

A tecnologia blockchain pode proteger direitos autorais e criar novas formas de monetização para autores, como a venda de edições limitadas como NFTs.

Além de mais proteção contra os piratas, a tecnologia por trás das criptomoedas aplicada aos livros pode oferecer novas oportunidades de receita e formas de engajamento com os fãs.

Hoje, por exemplo, você compra um livro digital e ganha apenas o direito de lê-lo.

Com as tecnologias da WEB 3, o arquivo digital será seu, da mesma forma que um livro em papel.

E o melhor, para nós autores: receberemos royalties pela compra e também caso o leitor proprietário revenda o livro.

Audiobooks e Podcasts

O mercado de audiolivros continua a crescer, com muitos autores independentes produzindo versões em áudio de seus livros ou criando podcasts relacionados para expandir seu alcance.

Esta tendência também reflete a mudança nos hábitos de consumo de conteúdo, com mais pessoas optando por formatos que podem ser consumidos durante outras atividades.

A gente não pode se esquecer que o vídeo no YouTube e nas plataformas de streaming são novos formatos de livros, assim como foram o rádio, o cinema e a TV no século passado.

Em algum momento, tudo foi escrito.

Serialização Digital

Plataformas que permitem a publicação de histórias em série, ganham cada vez mais popularidade, especialmente para gêneros como romance e fantasia.

Isso pode ajudar os autores a construir uma base de leitores fiéis e gerar receita de forma mais consistente.

Por isso, escrevi um livro chamado “Escrevendo Séries Que os Leitores Amam”.

Todas essas tendências criam novas oportunidades para autores se destacarem no mercado.

A capacidade de adaptar-se e abraçar novas tecnologias agora é um diferencial para o sucesso no competitivo mundo da publicação, seja ela independente ou tradicional.

E não podemos nos esquecer das…

Redes Sociais

As redes sociais se tornaram uma ferramenta indispensável para autores independentes, uma forma direta de se conectar com os leitores e construir uma base de fãs leais.

Cada plataforma tem seu diferencial:

  • Instagram: Ideal para compartilhar citações de livros, bastidores do processo de escrita e interagir com os leitores via stories e lives.
  • TikTok: A hashtag #BookTok se tornou um fenômeno, impulsionando as vendas de muitos livros. Autores estão usando a plataforma para criar conteúdo criativo e envolvente sobre seus livros.
  • X, Threads, LinkedIn: Ótimos para networking com outros autores e profissionais da indústria, além de participar de eventos online e discussões literárias.
  • Facebook: Grupos de leitores e páginas de autores continuam sendo uma forma eficaz de construir comunidades em torno de gêneros específicos.

Por enquanto, pois tudo pode mudar daqui a um segundo.

O que não muda é que o sucesso nas redes sociais não gira apenas em torno da promoção de livros, mas da criação de conexões genuínas com os leitores.

Para vender livros hoje (e manhã), você precisa construir relações com leitores, com outros autores, com parceiros.

Autores que conseguem equilibrar autenticidade e estratégia tendem a ter mais sucesso.

Assim, nas redes, foque em construir uma marca pessoal forte e uma comunidade engajada em torno de seu trabalho.

Todas elas também possuem plataformas de anúncios, que permitem que você se esquive do oba-oba do conteúdo fugaz e coloque seus livros com mais precisão nas mãos dos leitores que efetivamente querem lê-lo.

Vai depender do seu bolso e da sua disponibilidade para esperar o retorno: marketing orgânico é barato, mas demora; marketing pago é caro, mas vende mais rápido.

Se você deseja construir e fazer crescer um carreira literária bem-sucedida, considere a Academia da Casa do Escritor.

Nela você encontra treinamentos para cada etapa dessa construção, do plano, passando pela escrita até o marketing de seus livros e marca.

Recomende este artigo:

1 comentário em “Estatísticas do Livro Independente: 5 Coisas Que Você Precisa Saber”

  1. Acompanho seu trabalho pelo e-mail e tenho aprendido muito.
    Particularmente eu uso o Clube de Autores pela simplicidade e qualidade.
    Parabéns por este artigo, Eldes. Está muito instrutivo e realista.
    Um abraço!

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