Como autoeditar seu livro?
Você acabou de digitar “FIM” no seu manuscrito e está
ansioso para compartilhar sua história ou experiência com o mundo.
Parabéns pela conquista!
No entanto, antes de enviar seu trabalho para uma editora ou
optar pela autopublicação, há uma etapa que pode fazer toda a diferença:
A autoedição.
Neste artigo, trago para você sete etapas do processo de
autoedição, capazes de transformar seu manuscrito em uma obra mais polida,
antes da publicação.
São elas:
- Preparação
inicial e formatação
- Avaliação
da estrutura geral
- Refinamento
da linguagem
- Garantia
de consistência e precisão
- Polimento
gramatical e ortográfico
- Aprimoramento
do ritmo e fluxo
- Realização
de uma revisão final abrangente
Comecemos pela preparação do terreno…
1. Como Autoeditar Seu Livro: Formatação e Organização Inicial
Antes de se Autoeditar, é preciso facilitar todo esse processo.
Como editor na Casa do Escritor, eu me deparo com cada manuscrito que dá vontade de devolver para o autor.
É texto com fontes esdrúxulas, dezenas de fontes diferentes, arquivos mal formatados, com diálogos na forma de marcadores, sem divisão de capítulos e subcapítulos, um “auê” só.
Para uma autoedição eficiente, é fundamental trabalhar em um manuscrito bem formatado.
Comece abrindo seu arquivo no Microsoft Word ou em um processador de texto similar.
Aplique a fonte Times New Roman, tamanho 12, com espaçamento duplo entre as linhas e justificado.
Esta formatação não é apenas um padrão aceito pela indústria, mas também facilita a leitura e a edição, dando espaço para anotações e correções.
Em seguida, formate os títulos dos capítulos usando os estilos do Word (Título 1, Título 2, etc.).
Além de melhorar a aparência do seu documento, isso cria uma estrutura hierárquica que facilita a navegação.
Você pode usar essa estrutura para criar um sumário automático, o que é particularmente útil para navegar pelo arquivo.
Configure quebras de página entre os capítulos.
Isso garante que cada capítulo comece em uma nova página, melhorando a organização visual e facilitando a leitura.
Se seu livro contém diálogos, use travessão (Alt+0151 no Windows) em vez de hífen para introduzi-los.
Nem mesmo pense em usar marcadores com traço para formatar diálogos!
Por exemplo:
— Você já terminou de editar seu livro? — perguntou ela.
— Ainda não, mas estou quase lá — respondeu ele, sorrindo.
Esta formatação correta dos diálogos não apenas segue as normas gramaticais, mas também melhora a legibilidade do seu texto.
Você também pode usar aspas, se achar que deve:
“Você já terminou de editar seu livro?” perguntou ela.
“Ainda não, mas estou quase lá” respondeu ele, sorrindo.
Dedique tempo a essa preparação inicial.
Pode parecer tedioso no começo, mas um manuscrito bem formatado facilita imensamente o processo de edição e dá uma primeira impressão mais profissional ao seu trabalho.
2. Avaliando a Estrutura: O Esqueleto do Seu Livro
Com o manuscrito devidamente formatado, é hora de dar um passo atrás e olhar para a estrutura geral do seu livro.
Esta é uma etapa crítica que muitos autores iniciantes negligenciam, mas que pode fazer toda a diferença na qualidade final da sua obra.
Se você fez um planejamento do seu livro antes de escrevê-lo, essa etapa não será necessária.
Mas se não planejou, será fundamental.
Comece criando um resumo de cada capítulo.
Isso pode ser tão simples quanto escrever uma ou duas frases descrevendo os principais eventos ou pontos discutidos em cada capítulo.
Este exercício te dará uma visão panorâmica da sua obra, permitindo que você identifique possíveis problemas estruturais.
Para livros de ficção, preste atenção ao arco da história.
Cada cena deve avançar a trama de alguma forma, seja através do desenvolvimento dos personagens, da introdução de conflitos, ou da resolução de problemas.
Se você encontrar cenas que não cumprem nenhuma dessas funções, considere removê-las ou reescrevê-las.
Verifique se há uma progressão lógica de eventos.
Os personagens devem evoluir de maneira consistente ao longo da história.
As decisões que eles tomam devem fazer sentido com base em suas personalidades e experiências anteriores.
Para livros de não-ficção, examine a progressão dos seus argumentos.
Cada capítulo deve construir sobre o anterior, levando o leitor a uma compreensão cada vez mais profunda do assunto.
Verifique se há redundâncias ou lacunas na sua argumentação.
Preste atenção especial ao início e ao fim de cada capítulo.
É o que chamo de cadeado e gancho.
O início deve engajar o leitor e estabelecer claramente o que será discutido.
O fim deve amarrar as ideias apresentadas e, idealmente, criar uma ponte para o próximo capítulo.
Um bom gancho cria suspense ou curiosidade, incentivando o leitor a continuar.
Isso pode ser uma pergunta não respondida, uma revelação surpreendente ou uma ação incompleta.
Por exemplo:
“Enquanto fechava a porta atrás de si, Sarah não tinha ideia de que essa seria a última vez que veria sua casa.”
ou
“Com essa descoberta, tudo o que pensávamos saber sobre nutrição estava prestes a mudar.”
Lembre-se, a estrutura é o esqueleto do seu livro.
Um esqueleto forte suporta todo o resto.
Se você está pensando em escrever um livro, recomendo planeje-o bem antes.
Se é um livro de ficção – romance, uma novela, uma fábula –, “O Fabuloso Planejador de Livros Para Autores de Ficção” vai te ajudar a organizar sua trama com base em estruturas narrativas comprovadas.
Se é um livro de não ficção – autoajuda, negócios, acadêmicos, técnicos, ideias – “O Fantástico Planejador de Livros Para Autores de Não Ficção” será um excelente guia.
Dedique tempo a essa etapa e não hesite em fazer grandes mudanças se necessário.
Às vezes, reorganizar capítulos ou até mesmo remover seções inteiras pode fortalecer significativamente sua obra.
3. Refinando a Linguagem: A Arte da Escrita Clara e Envolvente
Com a estrutura geral do seu livro em ordem, é hora de se concentrar na linguagem.
A maneira como você expressa suas ideias é tão importante quanto as ideias em si.
Uma linguagem clara, concisa e envolvente pode transformar um bom livro em um excelente.
Comece prestando atenção aos verbos.
Os verbos são o coração da ação em suas frases.
Sempre que possível, opte por verbos fortes e específicos em vez de verbos genéricos acompanhados de advérbios.
Por exemplo, em vez de “andou rapidamente”, você poderia usar “correu” ou “apressou-se”.
Em vez de “falou baixo”, poderia usar “murmurou” ou “sussurrou”.
Fique atento ao uso excessivo de gerúndios (verbos terminados em -ndo).
Embora o gerúndio tenha seu lugar, o uso excessivo pode tornar a escrita menos dinâmica.
Compare estas duas frases:
“Ele estava correndo pela rua quando viu o acidente acontecendo.”
“Ele correu pela rua e viu o acidente.”
A segunda frase é mais direta e impactante.
Se você deseja dominar a arte de autopublicar seus livros com qualidade editorial, conheça o AUTOR EDITOR, um curso 100% online que vai facilitar a sua carreira literária. Torne-se um autor ou uma autora independente de editoras.
Outro ponto a considerar é o uso de pronomes possessivos e artigos.
Embora necessários em muitos casos, o uso excessivo pode sobrecarregar o texto.
Compare:
“Ela pegou o seu livro com as suas mãos e o abriu na primeira página.”
“Ela pegou o livro e abriu na primeira página.”
A segunda frase é mais limpa e direta, sem perder nenhuma informação importante.
Cuidado também com o excesso de “quês” e “esses”.
Quando usadas em excesso, podem tornar o texto arrastado e menos direto.
Compare:
“Ela pegou o seu livro que estava na mesa e que tinha uma capa vermelha, essa capa que ela tanto gostava, e o abriu na primeira página que marcava o início da história.”
“Ela pegou o livro de capa vermelha da mesa, sua favorita, e abriu na primeira página, onde a história começava.”
A segunda versão elimina o uso excessivo de “que” e “essa”, tornando a frase mais clara e direta, sem perder informações importantes.
Evite repetições desnecessárias no mesmo parágrafo ou em parágrafos próximos.
Use sinônimos ou reformule as frases para manter a variedade.
Por exemplo, se você usou “olhou” em uma frase, na próxima poderia usar “observou”, “examinou” ou “contemplou”, dependendo do contexto.
Lembre-se, o objetivo não é eliminar completamente essas palavras, mas usá-las com parcimônia e propósito.
Elas têm seu lugar na língua, mas o uso excessivo pode enfraquecer sua escrita.
Preste atenção especial à voz ativa e passiva.
A voz ativa geralmente torna a escrita mais direta e envolvente.
Compare:
Voz passiva: “O livro foi lido por muitas pessoas.”
Voz ativa: “Muitas pessoas leram o livro.”
A voz ativa coloca o sujeito da frase em primeiro plano, tornando a ação mais imediata e impactante.
Ao revisar seu texto, pergunte-se:
“Há uma maneira mais clara ou mais concisa de dizer isso?”
Muitas vezes, cortar palavras melhora a clareza. Por exemplo:
“Ela tinha um sentimento de que algo não estava certo.”
pode ser simplificado para:
“Ela sentia que algo não estava certo.”
ou até mesmo:
“Algo não parecia certo para ela.”
Lembre-se, o objetivo não é usar uma linguagem rebuscada ou impressionar com um vocabulário extenso.
Evite também os clichês e frases batidas.
Identifique e substitua quaisquer clichês ou frases muito usadas por expressões mais originais.
O objetivo é comunicar suas ideias da maneira mais clara e envolvente possível.
Um bom escritor não apenas conta uma história ou apresenta informações.
Um bom escritor cria uma experiência para o leitor através das palavras escolhidas.
4. Consistência e Precisão: Os Pilares da Credibilidade
Um aspecto fundamental da autoedição que muitas vezes passa despercebido é a verificação da consistência e precisão ao longo do texto.
Isso é particularmente importante para manter a credibilidade da sua obra, seja ela ficção ou não-ficção.
Para livros de ficção, crie uma “bíblia” do seu mundo.
Este é um documento separado onde você anota detalhes importantes sobre seus personagens, locais e eventos.
Inclua informações como:
- Nomes e apelidos dos personagens (e como são escritos).
- Descrições físicas dos personagens.
Traços de personalidade e maneirismos dos personagens.
- Nomes de lugares e suas características.
- Cronologia de eventos importantes.
- Regras do seu mundo (especialmente importante para ficção científica e fantasia).
Ao editar, consulte essa “bíblia” para garantir que todos os detalhes permaneçam consistentes ao longo da história.
É muito fácil mudar a cor dos olhos de um personagem ou o nome de uma cidade em um livro longo.
Para não-ficção, a precisão das informações é primordial.
Verifique cuidadosamente todos os fatos, estatísticas e citações em seu livro.
Mantenha um registro detalhado de suas fontes – isso não apenas ajuda na verificação, mas também pode ser útil se você decidir incluir uma bibliografia ou notas de fim.
Esteja atento à consistência na terminologia, especialmente se você estiver escrevendo sobre um tópico técnico ou especializado.
Decida sobre os termos que você usará e mantenha-se fiel a eles ao longo do livro.
Por exemplo, se você está escrevendo um livro sobre estratégia empresarial, decida se usará “terceirização” ou “outsourcing” e mantenha essa escolha de forma consistente ao longo do texto.
Verifique também a consistência no tempo verbal.
É comum, especialmente em narrativas longas, escorregar acidentalmente de um tempo verbal para outro.
Decida qual tempo verbal principal você usará (presente ou passado são os mais comuns) e mantenha-se consistente, fazendo exceções apenas quando houver uma razão clara para isso.
Para livros que incluem datas ou se passam em períodos históricos específicos, faça uma verificação cuidadosa da precisão histórica.
Isso inclui a checagem de eventos históricos e de detalhes como tecnologias disponíveis, costumes sociais e até mesmo o clima típico da época e local.
Se seu livro inclui diálogos em idiomas estrangeiros ou gírias específicas, verifique se eles estão corretos e consistentes.
Considere consultar um falante nativo ou um especialista para garantir a autenticidade.
Finalmente, preste atenção à consistência no tom e estilo da escrita.
Embora seja natural que seu estilo evolua um pouco ao longo de um livro longo, mudanças drásticas podem ser perturbadoras para o leitor.
Tente manter uma voz narrativa coerente do início ao fim.
Lembre-se, a consistência e a precisão são fundamentais para manter a suspensão da descrença em ficção e estabelecer autoridade em não-ficção.
Um erro factual ou uma inconsistência gritante pode quebrar o encanto da sua história ou minar a confiabilidade do seu argumento.
5. Polimento Gramatical e Ortográfico: Os Toques Finais
Agora que você refinou a estrutura, a linguagem e garantiu a consistência do seu livro, é hora de focar nos detalhes técnicos: gramática, pontuação e ortografia.
Embora possam parecer aspectos menores comparados com o conteúdo geral, erros nessas áreas podem distrair o leitor e diminuir a credibilidade do seu trabalho.
Comece usando o corretor ortográfico e gramatical do seu processador de texto. No Microsoft Word, você pode fazer isso pressionando a tecla F7.
No entanto, lembre-se de que essas ferramentas não são infalíveis.
Elas podem perder erros contextuais (como o uso de “sexta” quando você queria dizer “cesta”) e às vezes fazem sugestões incorretas.
Além do corretor do editor de texto, eu gosto também de usar uma ferramenta chamada LanguageTool, que dá dicas preciosas nesses quesitos, além de permitir que a revisão seja feita usando modos mais exigentes e estilos.
Use-as como um primeiro passo, mas não confie exclusivamente nelas.
Após as verificações automáticas, é hora de uma revisão manual cuidadosa.
Aqui estão algumas áreas específicas para se concentrar:
- Pontuação: verifique o uso correto de vírgulas, pontos, ponto e vírgulas, dois pontos, etc. Preste atenção especial ao uso de aspas em diálogos e citações.
- Concordância verbal: certifique-se de que o sujeito e o verbo concordem em número. Este erro é particularmente comum em frases longas ou complexas.
- Uso de pronomes: verifique se todos os pronomes têm antecedentes claros. Evite ambiguidades que possam confundir o leitor.
- Palavras comumente confundidas: preste atenção a pares de palavras que são frequentemente trocadas, como “há” e “a”, “mal” e “mau”, “se não” e “senão”.
- Tempos verbais: certifique-se de que os tempos verbais sejam usados de forma consistente e apropriada ao longo do texto.
- Parágrafos: verifique se cada parágrafo tem uma ideia central clara e se há transições suaves entre os parágrafos.
Uma técnica eficaz para pegar erros que você pode ter perdido é ler seu texto em voz alta.
Isso ajuda a identificar frases desajeitadas, repetições e erros de fluxo que podem não ser óbvios na leitura silenciosa.
Outra abordagem útil é mudar o formato em que você está lendo.
Envie seu manuscrito para um eReader, como o Kindle, ou imprima-o.
A mudança na apresentação visual pode ajudar seus olhos a pegarem erros que passaram despercebidos na tela do computador.
Considere também usar uma ferramenta de leitura em voz alta.
Muitos computadores e dispositivos têm essa função integrada.
Ouvir seu texto sendo lido pode destacar problemas de ritmo e fluxo, além de erros gramaticais.
Lembre-se, ninguém é perfeito, e é quase impossível pegar todos os erros sozinho.
Depois de fazer o melhor que puder, considere trocar manuscritos com outro escritor para uma revisão mútua.
Ou contratar um reviso profissional.
Um novo par de olhos frequentemente pega coisas que escaparam ao autor.
6. Ritmo e Fluxo: Mantendo o Leitor Engajado
Um aspecto muitas vezes negligenciado na autoedição é o ritmo e o fluxo do texto.
Não importa quão interessante seja seu conteúdo ou quão bonita seja sua prosa, se o ritmo estiver fora, você corre o risco de perder o engajamento do leitor.
O ritmo em um livro é semelhante ao ritmo na música.
Ele cria um padrão que mantém o leitor interessado e movendo-se através do texto.
Um bom ritmo alterna entre momentos
Um bom ritmo alterna entre momentos de tensão e relaxamento, entre ação rápida e reflexão mais lenta, entre diálogo e narração.
Isso cria uma experiência de leitura dinâmica que mantém o leitor engajado.
Para avaliar e melhorar o ritmo do seu livro, considere os seguintes pontos:
Na Ficção, verifique…
- Varie no comprimento das frases: frases curtas podem criar um senso de urgência ou impacto, enquanto frases mais longas podem ser usadas para descrições mais detalhadas ou reflexões mais profundas.
- Alterne entre diálogo e narração: o diálogo geralmente move a história mais rapidamente, enquanto a narração pode desacelerar o ritmo. Use essa alternância para controlar a velocidade da sua história.
- Alterne o tamanho de parágrafos: parágrafos mais curtos podem aumentar o ritmo, enquanto parágrafos mais longos podem desacelerá-lo. Use essa variação para criar o efeito desejado em diferentes partes do seu livro.
- Utilize descrições envolventes: elas ajudam o leitor a imaginarem a cena. Lembre-se de mostrar em vez de contar. Eu mostro como fazer isso de maneira eficiente, contando antes de mostrar, o que explico nesse artigo aqui.
- Cuide dos diálogos: os diálogos precisam soar naturais e distintos para cada personagem. Nesse artigo aqui, compartilho 9 dicas para escrever diálogos espetaculares.
- Varie entre cenas de ação e de reflexão: alterne entre cenas de ação intensa e momentos mais calmos de reflexão ou desenvolvimento de personagens. Isso dá ao leitor uma chance de “respirar” entre os momentos mais intensos.
- Faça transições suaves: certifique-se de que haja transições suaves entre diferentes seções ou capítulos do seu livro. Isso ajuda a manter o fluxo e evita que o leitor se sinta desorientado.
- Verifique a consistência: certifique-se de que detalhes como nomes, datas e lugares permaneçam consistentes ao longo do livro.
- Reforce os ganchos no final dos capítulos: como já mencionei antes, terminar cada capítulo com um “gancho” pode ajudar a manter o leitor interessado e virar a página.
Para não-ficção, o ritmo é igualmente importante, embora possa ser alcançado de maneiras diferentes:
- Alterne entre teoria e prática, entre densidade e leveza: alterne entre conceitos complexos e exemplos práticos ou anedotas. Isso ajuda a manter o interesse do leitor e facilita a compreensão de ideias mais difíceis.
- Use subseções e listas: subtítulos e marcadores ajudam a quebrar grandes blocos de texto e tornar a informação mais digerível.
- Use imagens para explicar conceitos: uma imagem vale mais que mil palavras, lembra?
- Varie na profundidade da análise: alterne entre visões gerais e análises mais profundas para manter o interesse do leitor.
Por fim, considere o ritmo geral.
Olhe para a estrutura global do seu livro.
Há uma boa variação de ritmo?
Os capítulos fluem bem um para o outro?
Uma técnica útil para avaliar o ritmo é criar um mapa visual da trama.
Você pode fazer isso atribuindo cores diferentes a diferentes tipos de cenas ou seções (ação, diálogo, descrição, etc.) e marcando cada capítulo ou seção com a cor apropriada.
Isso pode ajudar a identificar padrões e garantir uma boa variação ao longo do livro.
Lembre-se, o objetivo é criar um fluxo que mantenha o leitor envolvido do início ao fim.
Um bom ritmo faz com que o leitor mal perceba a passagem do tempo enquanto está imerso no seu livro.
7. A Arte da Revisão Final: Lendo seu Livro com Novos Olhos
Após trabalhar intensamente em todos os aspectos mencionados anteriormente, é hora da revisão final.
Esta é sua última chance de ver seu livro como um todo antes de enviá-lo para o mundo.
O objetivo aqui é ler seu livro como se fosse a primeira vez, tentando ver o texto com os olhos de um leitor novo.
Dê um tempo!
Se possível, afaste-se do seu manuscrito por algumas semanas antes de fazer a revisão final.
Isso ajuda a limpar sua mente e permite que você veja o texto com um olhar mais fresco.
Como já foi dito, mude o formato, leia em voz alta, use uma ferramenta de texto para fala.
Outra boa técnica é ler de trás para frente.
Comece pelo último capítulo e vá retrocedendo.
Isso pode ajudar a evitar que você seja levado pela história e se concentre mais nos detalhes técnicos.
E faça perguntas críticas, enquanto lê.
Se ficção, faça perguntas como:
Todos os arcos de personagens são resolvidos satisfatoriamente?
Todas as perguntas levantadas na história são respondidas?
Há alguma inconsistência na trama ou nos personagens?
O tom e o estilo permanecem consistentes?
Se não ficção, faça perguntas como:
Os argumentos principais são desenvolvidos de forma clara e concluídos satisfatoriamente?
As evidências e exemplos apresentados são relevantes e suficientes para sustentar as teses do livro?
O conteúdo oferece novas percepções ou perspectivas únicas sobre o tema, agregando valor real ao conhecimento do leitor?
Verifique o início e o fim.
Preste atenção especial ao primeiro e ao último capítulo.
O início do seu livro engancha o leitor efetivamente?
O final é satisfatório, coerente e deixa o leitor ávido pelo seu próximo livro?
Lembre-se, o objetivo desta revisão final não é reescrever o livro inteiro, mas sim fazer ajustes finais para polir seu trabalho.
Se você encontrar problemas maiores nesta fase, pode ser necessário voltar e fazer edições mais substanciais antes de prosseguir.
Conclusão: Como Autoeditar Seu Livro
Compreender como autoeditar seu livro é fundamental para quem escreve.
É através deste processo que o manuscrito bruto se transforma em uma obra profissional.
Cada um desses aspectos desempenha um papel importante na melhoria do seu livro.
A formatação adequada cria uma base sólida para o seu trabalho.
A estrutura bem pensada mantém o leitor engajado do início ao fim.
Uma linguagem refinada transmite suas ideias com clareza e impacto.
A consistência e precisão constroem a confiança do leitor.
A gramática e ortografia impecáveis demonstram profissionalismo.
Um bom ritmo e fluxo tornam a leitura uma experiência agradável.
E uma revisão final cuidadosa garante que todos esses elementos se unam harmoniosamente.
Lembre-se, a autoedição não é sobre alcançar a perfeição absoluta – tal coisa não existe na escrita.
Em vez disso, trata-se de fazer o melhor livro possível com suas habilidades atuais.
Cada livro que você edita o tornará um escritor e editor melhor.
Depois de concluir sua autoedição, considere dar o próximo passo.
Envie seu manuscrito para leitores beta confiáveis ou considere contratar um editor profissional.
Novas perspectivas podem trazer insights valiosos e elevar ainda mais a qualidade do seu trabalho.
Escrever um livro é uma conquista notável, e editá-lo é um testemunho do seu compromisso com a excelência.
Você criou algo único, algo que tem o potencial de tocar vidas e deixar uma marca duradoura no mundo.
Sucesso!
Se você deseja dominar a arte de autopublicar seus livros com qualidade editorial, conheça o AUTOR EDITOR, um curso 100% online que vai facilitar a sua carreira literária. Torne-se um autor ou uma autora independente de editoras.