O Fim dos Livros e Como Você Pode Sobreviver a Isto

Você anda entediado com o excesso de conteúdo e informação e não sabe se seu livro ainda cabe no mundo? 
Prepare-se, pois a tendência é piorar.
Longe de qualquer alarmismo, o principal objetivo deste post é prever o futuro que já chegou para nós escritores.

O ser humano adora dividir a história em eras.
Entendo que é uma maneira de ensinar e entender sobre cada tempo.
No entanto, trata-se da generalização de um período com base em um padrão de comportamento.
Eu simplificaria tudo em Antes da Escrita e Depois da Escrita, o que basicamente é o que se tem com Pré-História e História.

Hoje vivemos na Era da Informação, que pode ser considerada o ápice do “Depois da Escrita”.
Nunca tivemos acesso a tantos livros, artigos, dados e outros conteúdos em toda a história.
Também nunca estivemos tão conectados, através de múltiplas telas e aparelhos e coisas, 24 horas por dia, sete dias por semana, em qualquer lugar.
Hoje podemos começar a ler um livro no papel de manhã, continuar lendo no Kindle, no smartphone ou no tablet depois do almoço, e terminá-lo em um audiobook antes de dormir.
Isto se ele não virar filme e a preguiça de ler for maior do que a de assistir, o que não é muito difícil para muitos.
O fato é que começamos compartilhando informação ao redor de uma fogueira, depois passamos a pintá-la em paredes de cavernas, gravar em pedras,  escrever à luz de velas em papiros até que Gutemberg teve a brilhante ideia de criar a prensa e gravar as letras em papel encadernado.

Há pouco tempo, com a tecnologia digital, pudemos trocar a tinta por bits e surgiram os e-books.
O livro digital acabou com as fronteiras geográficas entre o escritor e o leitor e agora tudo acontece na velocidade de um clique da luz.

O Próximo Passo

Quando comecei a escrever sobre publicação independente, em 2012, levantei a bola dos superpoderes que o escritor ganhou com a capacidade de publicar um livro sem uma editora ou qualquer intermediário e também de promovê-lo através da Internet e das redes sociais sem grandes investimentos.
Na época, a Amazon no Brasil tinha algo em torno de três mil títulos em e-book. Hoje, este número já ronda a casa dos 100 mil.
No mundo todo, estima-se que este volume ultrapasse a marca dos dois milhões de e-books e de vinte milhões de livros físicos.
Apenas na Amazon.

Isto posto, gostaria de compartilhar a minha percepção do que teremos pela frente e também ouvir você através dos comentários no final do post.
Com a onipresença da informação, acessível em todos os cantos e recantos a qualquer hora do dia e da noite, o que já está sendo apelidado de Era da Ubiquidade, quem vive da escrita ou pretende obter algum retorno com suas histórias e ideias precisa se preparar.
Planejamento pode doer no coração de um poeta sonhador, de um romancista emotivo, mas dispensar a capacidade analítica é dar um tiro no pé do instinto mais básico, o de sobrevivência.

Leia:  Como Autoeditar Seu Livro: 7 Dicas Antes de Publicar

Assim, vamos analisar o que vem por aí para continuarmos a viver de ideias, histórias e informação.
Em um exercício de previsão do futuro, é preciso pesar duas variáveis: o que vai acontecer e o que pode acontecer.

O Que Vai Acontecer

Vou começar com as tendências que vão acontecer:

  • Não se preocupe, apesar do título caça-cliques do post, os livros como o conhecemos, em papel, com cheirinho e sem necessidade de energia elétrica para serem lidos, continuarão a existir pelos próximos mil anos.
  • Os diferenciais dos grandes livros continuarão a ser suas tramas e conteúdos atraentes, persuasivos e bem escritos. Livros são feitos de ideias, histórias e informação e isto também não mudará.
  • A atenção das pessoas será cada vez mais fragmentada, multicanal e em movimento. O ser humano estará cada vez mais imerso em telas, vídeos, multimídia e outras realidades virtuais e mais conectado.
  • A economia se tornará cada vez mais compartilhada, graças à tecnologia. Estão aí Uber, Airbnb e o próprio KDP para confirmar esta tendência. Se, por um lado, isto democratiza tudo, por outro leva o valor financeiro para cada vez mais perto do chão.
  • Experiências multissensoriais serão cada vez mais necessárias para se diferenciar. Não, eu não estou falando apenas de tecnologia. Estou falando de conteúdo. Textos que sensibilizem o leitor, o emocione, faça-o sentir gostos, cheiros ou até mesmo que se sinta tocado por suas palavras vão continuar separando os escritores profissionais dos amadores. Sei que isto já acontece desde o fim da pré-história, mas é bom relembrar.

E o que pode acontecer e qual é o impacto disto tudo para quem escreve?

O Que Pode Acontecer

A resposta pode estar no exercício que o aprendiz de Nostradamus aqui vai fazer agora, vislumbrando o que pode acontecer e o que você pode fazer para se dar bem neste admirável mundo novo:

  • Os livros serão cada vez mais curtos, pobres de conteúdo e custarão cada vez menos. Isto tem a ver com a lei econômica da oferta e da demanda. Ficará mais difícil separar o joio do trigo e as avaliações e opiniões de leitores terão muito mais peso sobre a decisão do leitor. Escrever um puta livro, como dizem meus amigos paulistas, e caprichar na produção e na capa será cada vez mais imprescindível.
  • Os livros serão ubíquos, precisarão ser acessíveis e presentes em todo lugar a qualquer hora. Ao lançar um livro, o papel não bastará. Papel, e-book, audiobook, chip-book (aquele que você implantará direto no cérebro) deverão chegar simultaneamente ao mercado com tecnologia capaz de permitir ao leitor continuar de onde parou, independente do dispositivo em que esteja.
  • Escritores precisarão ser mais do que apenas escritores. O escritor que quiser viver apenas de livros terá que conseguir uma editora disposta a investir milhões (algo como ganhar sozinho na Mega-Sena) ou então escrever um milhão de livros. O caminho é ir além dos livros. Quem escreve não ficção precisará gerar mais valor com cursos online, produtos digitais, prestação de serviços, consultorias e palestras. Os autores de ficção terão que agregar conteúdos em multimídia, roteirizar e tentar transformar o livro em filme, série da Netflix, game ou mundo virtual interativo.
  • Os livros interativos ganharão mais espaço e não apenas os infantis. Links, QRCodes, vídeos, trilha sonora e outros recursos poderão fazer parte do conteúdo, além de interatividade entre leitores e entre leitor e autor. Experimente novos recursos e cross-media em seus e-books.
Leia:  Os Hábitos dos Escritores Altamente Eficazes

Proporcione Boas Experiências

Aproveito para deixar algumas recomendações adicionais:

  • Posicione-se como um hub em sua comunidade de leitores. Você não consegue isto querendo ser o centro das atenções, mas dando muita atenção e servindo a eles.
  • Seja onipresente online (site, Youtube, redes sociais, e-mail, mobile) para poder engajá-los.
  • Atraia seu leitor ao invés de empurrar coisas para ele. Crie conteúdos que transformem e sirvam e não apenas para se promover.
  • Seu perfil público hoje te deixa transparente para os leitores. Não seja um pé no saco.
  • Proporcione, fundamentalmente, boas experiências para eles. Independente do canal onde você esteja, o que importa mesmo é a experiência que o leitor terá dentro e fora do seu livro. E cada parte dela deve ser consistente e complementar.

Por fim, já que comecei este post falando do tédio por conta do excesso de informação, faça um favor a si mesmo: desconecte-se por um tempo, uma ou mais vezes por dia.
Se o tédio realmente bater, saia lá fora e observe o Cosmos por dez minutos ou sente-se em uma posição confortável e medite por vinte.

Ou pegue um bom livro em papel e o leia do começo ao fim sem checar suas notificações no celular.
Duvido que você continuará entediado.
E respondendo a pergunta se cabem mais livros, haverá sempre lugar no mundo para um livro bem escrito.
O futuro dos livros é uma conversa longa e uma reflexão que todos aqueles que escrevem precisam fazer.
Compartilhe comigo sua opinião com um comentário.

Recomende este artigo:

0 comentário em “O Fim dos Livros e Como Você Pode Sobreviver a Isto”

  1. Que conteúdo fantástico, Eldes!
    Obrigado por essa reflexão sobre o que está ocorrendo no mercado e pelo exercício de previsão do futuro 🙂
    Seguimos batalhando para sobreviver no meio da multidão.
    Um abraço,
    Lucas Palhão

  2. Eldes, uma boa reflexão nesse texto.
    O que é perceptível é quem que se aventura nesse meio nem sempre atinge o público que gostaria, ou o que tinha planejado. Leva tempo, a concorrência é grande, principalmente do mesmo tipo de conteúdo ou do conteúdo mais raso.
    Qual sua opinião para quem deseja se aventurar num assunto mais específico, digo, escrever muito do mesmo assunto (e viver o que se escreve)? Você, por exemplo, entendo que atue assim. Haverá mais espaço para esse tipo de conteúdo? Do tipo, procura o fulano de tal na internet ou em livro que o cara é muito bom se tratando do assunto XYZ.
    Acompanho alguns escritores (americanos) que adotaram essa estratégia de ser em vida o que escreve no papel, ebook, blog, etc. Acho uma boa estratégia, talvez mais verdadeira e que venha a criar mais conexões nesse mundão.
    Grato,
    Charles

    1. Charles, sempre haverá espaço para quem for relevante, se atentar para o contexto do leitor e entregar bons conteúdos. A especialização em um tema é benéfica, pois passa a percepção de que conhece a fundo o assunto. Mas nada impede de escrever outras coisas, usando um pseudônimo, por exemplo.

  3. Muito bom post. Acho que estamos começando um novo momento da revolução digital: o cruzamento entre os ambientes online e offline. Iniciar um livro no papel e terminá-lo na tela. E vice-versa. Admirável mundo conectado!

  4. Tá certo, Eldes, é isso aí.
    O que parecia ser uma boa – a democratização da publicação literária – acabou se tornando um pesadelo – a incrível produção de lixo. Vc disse aí que a Amazon já publicou dois milhões de títulos, não seriam dois bilhões?! Já me sugeriram a contratação de um crítico famoso que fizesse a resenha de meu livro, mas parece que hoje aquela boa crítica de antigamente perdeu seu espaço na mídia.
    Pois, considerando a dificuldade em se saber quais obras merecem ser lidas, e que ainda há um público imenso de leitores esclarecidos e exigentes, me pergunto se não seria o caso da Amazon criar um critério de seleção, um “selo de qualidade”, para distinguir as obras de qualidade. Acho que isso já foi feito, mas não me lembro. É isso. Um abraço!
    PS: E aquele nosso almoço?
    Frank Dawe

  5. Leila de Oliveira

    Boa noite, Eldes!
    Este conteúdo que você publicou aqui é tema para muitas reflexões, à luz de considerações profundas. Sem dúvidas, o assunto sugere análises mais complexas porque o tema está envolto em um contexto muito abrangente. Aqui é possível perceber que, escritores ou não, todos estamos caminhando rumo a uma busca que nós mesmos desconhecemos. Na verdade, desconhecemos a nós mesmos e estamos perdidos neste turbilhão de mudanças, que nos assolam como avalanches, porque não temos tempo de nos regozijar com o novo, porque ele já se tornou velho. E assim estamos sendo levados pela correnteza, meio que inconscientes com a desconexão dos nossos sentimentos, valores, raízes…as mudanças são muito bem-vindas, mas ainda há muito o que se manter. Meu abraço e minha admiração!

  6. Fantásticas reflexões, Eldes! Eu tenho que reconhecer que me sinto atropelado por esta avalanche de informação. Acredito que se tivesse 20 anos menos conseguiria avançar entre ela, mas, agora para mim , fica mais difícil. Toda minha vida foi ler, estudar…hoje, vou te confessar…canse. Mas, vamos para frente. Continue assim, com estas reflexões que ajudam a caminhar para o futuro. Um abraço!!!

    1. Grande, Mestre! Hoje precisamos ser muito mais seletivos para não cansarmos. E usar de nossa função mais básica, e também a mais valiosa, para nos mantermos tranquilos: a respiração. Agradeço pelo comentário e pela força! Um abraço!

  7. Carlos Magno Coutinho Soares

    Meu caro Eldes, boa tarde!
    Oportuna e atemporal sua explanação. Não sei se concorda, porém, considero que os bons livros têm maior longevidade. O tema, como dito, é para ser debatido por longa data. Grato pelos esclarecimentos. Parabéns pela matéria.
    Grande abraço!

  8. Caro Eudes,
    Assim como a Fotografia não acabou com a pintura de quadros, o CD não acabou com o Vinil e as músicas digitais não acabaram com o CD, penso que o Livro nunca irá acabar, sempre haverá quem gostará de tê-los.
    Se bem que as vendas dos livros de papel diminuirão com o tempo. Depois que comprei meu Kindle eu raramente compro livros em papel, simplesmente por falta de espaço na minha Biblioteca, já os e-books não sofrem deste mal, pois são digitais, não ocupam espaço. Se bem que como o Kindle tem a imagem em preto & branco, livros com muitas fotos ou figuras coloridas ainda são insubstituíveis.

  9. Sua opinião é muito valiosa e uma referência segura para todos nós mas eu acredito que o terceiro tópico da seção “O que pode acontecer” já seja uma realidade… inclusive muito bem proposto em seus próprios livros!

    1. Agnaldo, meus poderes de Nostradamus são limitados. A realidade é que estamos entrando em uma era do Reader First. O escritor que viver para seu umbigo dificilmente conseguirá algo. Um abraço.

  10. Maria Elizabeth Michelin

    Adoro, meu kindle, pois é pequeno, fácil de carregar, compro online, e tenho muitos livros em um. Mas também gosto de ir na livraria, pegar um livro, mexer nele, passar a mão na capa, cheirar… (rs). Quando comprava mais livros, eles eram lidos por várias pessoas, tinha até lido uma estatística que dizia que no Brasil, o mesmo livro era lido por 4 ou 5 pessoas. Acho esse o maior defeito do kindle. Para alguém ler um livro que eu gostei tem que levar todos os meus livros. Acho chato também falar que li o livro, mas que foi o digital e não consigo emprestar. Como vai ser uma leitura compartilhada? Ou eu que fui pelo caminho errado? De todo jeito, acho que o livro não vai acabar nunca, que o digital chegou para ficar e que escrever e ler são coisas fundamentais!

    1. O Kindle permite o empréstimo de livros, mas só para quem tem um Kindle, ou um tablet ou celular com o app do Kindle instalado. Ainda são poucos, mas creio que a tendência é aumentar. Eu gosto muito do livro em papel, mas o livro digital me poupa espaço, tempo e ainda preserva as árvores. Obrigado pelo comentário, Maria Elizabeth.

  11. Oi Eldes. Como vai?
    Acredito que o futuro do livro on ou offline vai ser mesmo assim, de acordo com o gosto de cada um.
    No que respeita à escrita, sempre houve os médios, os bons e os best-sellers e penso que assim vai continuar. No entanto, com tanta facilidade, o que acontece é que se publica “o trigo e o joio.”
    Eu própria publiquei dois livros (de autor) e vendi apenas alguns exemplares.Tive alguns comentários favoráveis mas não me entusiasmei. Gosto muito de ler e escrever mas sei que isso não é suficiente.
    Há uma outra questão que leio, com bastante frequência, em sites mas que não me convencem. Por exemplo: “a sua grande riqueza é você. Só você conhece a sua vida, as histórias que viveu, os momentos bons e menos bons, etc. E isso pode ser muito enriquecedor para si e para os leitores.” É certo que quem já viveu 64 anos tem muitas histórias vividas. E, no meu caso, uma delas daria uma trilogia. Mas não penso que isso interessasse algum leitor.
    Muito bom artigo e obrigada por nos esclarecer sobre este mercado tão competitivo.
    Desejo-lhe a continuação de uma boa semana.
    Um grande abraço.

    1. Olá, Maria Helena.
      Tudo que tem o poder de transformar e/ou encantar quem lê é interessante.
      É claro que você pode avaliar se suas histórias têm estes poderes ou não.
      Muito obrigado pelo comentário.
      Um abraço!

      1. Obrigada, Eldes.
        Quanto ao meu primeiro livro são contos de Natal. O segundo são crónicas, histórias do quotidiano e histórias de ficção. Eu gostei mas sei que não é isso que conta.
        Quanto ao seu blog vou ler mais artigos pois, a avaliar por este, devem ter muito interesse para “candidatos a escritores”. E eu, apesar da minha idade, gosto sempre de aprender e, neste caso específico, ainda mais. Mas o tempo, que devia ser o nosso melhor amigo, escapa-nos como a água por entre os dedos e não podemos recuperá-lo. Mas vou dar um jeito.
        Um grande abraço e obrigada por responder.

  12. Olá, Eldes. Vi um vídeo em que você estava falando sobre pseudônimos. Você falava que, quando um autor é muito conhecido em um gênero específico, é preferível que ele adote um pseudônimo quando for se aventurar em outros gêneros. No entanto, eu fiquei com uma dúvida: como o escritor deveria divulgar seus livros nesses outros gêneros? Ele teria que construir a sua reputação do zero? Seria um escritor sem rosto? Não é muito difícil obter alguma fama no total anonimato?

    1. Isto se aplica a gêneros muito distintos de não ficção, pois pode aparentar pouca especialização, mas é óbvio que tudo depende de cada livro em si. Com a ficção, não vejo muitos problemas.

      1. Obrigado. Entendi. Mas, no caso da ficção, como um autor iniciante poderia divulgar o seu livro usando um pseudônimo, caso prefira o anonimato?

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