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A Literatura Exige um Plano

Arrojado desde criança, Frank Dawe diz que cursou a “escola da vida” por ter vivenciado experiências as mais diversas e insólitas. Sob o adágio “viver é uma arte”, bem cedo descobriu sua veia artística: aos quatorze, já era artista plástico, aos dezessete abriu sua própria agência de propaganda e aos 21anos se tornou cineasta ao escrever, dirigir e produzir, “Dani, um cachorro muito vivo”, um longa-metragem de sucesso na época.
Curioso também sobre os “segredos” da existência, como os temas místicos e das áreas científica e política, graduou-se em Filosofia até titular-se como mestre em Filosofia Política. E, culminando esse percurso para lá de improvável e heterodoxo, ele publicou, através da Casa do Escritor, o primeiro livro da série “Clube Sophia“.
Frank é o entrevistado do blog. Confira…
Eldes Saullo: Por que você escreve?
Frank Dawe: Para quem, além da necessidade ou desejo de comunicar suas ideias, pretende deixar no mundo uma marca por meio de um trabalho significativo, entendo que, das artes plásticas à publicidade, da fotografia ao cinema, da produção cultural ao design industrial, a literatura seria, de algum modo, o melhor meio de influir na cultura vigente. Foi assim que, inspirado em meu ídolo Platão, que há 2400 anos se tornou precursor na arte de produzir ensaios filosóficos no formato de ficção literária, optei por culminar minha carreira como um filósofo-escritor literário.
Eldes Saullo: Qual foi a inspiração para escrever “Clube Sophia – O Livro das Amazonas”?
Frank Dawe: Frente à caótica situação global, senti a necessidade de empreender uma busca pela luz da razão visando delinear caminhos lógicos e pragmáticos em prol da paz e do desenvolvimento da humanidade contra o fenômeno do Pandemonium que, no presente, assola a humanidade. A angústia diante do descaminho e da desinteligência me suscitou a ideia de que a solução deve passar pela busca da sabedoria – sophia -, daí o nome Clube Sophia. Ao lado disso, a importância atribuída à figura feminina na trama refere-se à minha concepção, alimentada já há bom tempo, de que as mulheres são elemento fundamental nessa busca, e que devem ser fortalecidas como protagonistas da história humana.
Eldes Saullo: Existe algo que você acha mais particularmente desafiador como escritor?
Frank Dawe: No processo em que me voltei para a literatura, percebi que, mais do que arte, inteligência e bom-senso, mais do que a técnica da escrita, o know-how mercadológico e a vivência cosmopolita, para a criação literária e produção da literatura são necessários conteúdos de profundidade, ecletismo e sabedoria. Esse foi um dos fatores que me moveram a buscar, tardiamente, a graduação e o mestrado em Filosofia, na Unicamp, acompanhados de farta pesquisa, como um necessário investimento intelectual para a produção de uma literatura de qualidade.
Eldes Saullo: Alguns autores delineiam seus livros, outros escrevem de forma mais intuitiva. Como é seu processo criativo?
Frank Dawe: Tal como um projeto arquitetônico, a produção de um filme ou de uma peça teatral, a literatura também exige um esboço, um estudo, um plano. O conteúdo da obra de ficção precisa ser apresentado em uma narrativa bem elaborada – a arquitetônica do texto -, que parte de um esqueleto da estória, tudo isso coerente com o estilo que o autor adotar. Diante da profusão de bons livros e de autores de grande sucesso que dominam métodos sofisticados de escrita, não há espaço para amadores, a não ser em casos esporádicos e efêmeros. Levei seis anos para aprender a escrever de forma profissional, quase como uma graduação na escrita de ficção. Havia escrito uma primeira versão deste mesmo livro antes desse percurso e constatei que a diferença qualitativa entre a versão original e a atual, após o processo, tornou-se gritante e inquestionável.
Eldes Saullo: Como você faz para divulgar e fazer seu livro chegar a cada vez mais leitores?
Frank Dawe: Estou na pré-estreia de meu primeiro livro, então tenho mais a aprender do que ensinar sobre esse quesito. No entanto, sei que o marketing é essencial, tão importante quanto a escrita de qualidade em si. E, de novo: há toda uma “tecnologia” de marketing a ser apreendida e aplicada à obra, se se pretende fazer sucesso.
Frank compartilha uma dica preciosa com autores iniciantes: “Experimente e aprenda com a vida prática, estude e aprimore a linguagem, leia e escreva muito e em vários segmentos e estilos, e assista a muitos filmes e séries, sempre com olho clínico. E, algo fundamental: sem estofo, sem conteúdo, o sucesso é efêmero – modismo é ouro de tolo -, já que a clássica verdade é que só o produto cultural de qualidade e pertinência histórico-cultural acaba vingando”.
Clube Sophia, o Livro das Amazonas” está disponível em e-book e papel na Amazon. O leitor se chocará com as maquinações do Senhor do Mundo e se envolverá na luta das Amazonas, Ninfas, Musas e Deusas contra o engano e a tirania. Afinal, esta é a nossa história e só a sabedoria nos libertará…

 
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