5 Dicas Para Ter Mais Confiança No Que Você Escreve

A primeira palavra do dicionário de um escritor deveria ser “Confiança”. 

Apesar de apenas surgir lá pelo final da letra C, o sentimento descrito no verbete é a chave da realização quando o objetivo é escrever.

Você pode nunca ter publicado um livro – tem ele guardado em uma das gavetas do quarto ou da sua cabeça – ou até já pode ser um autor publicado. 

Se você não cultiva diariamente a confiança em si mesmo e na sua escrita, tudo fica mais difícil.

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De vez em quando, você tem uma sensação fantástica de que escreve muito bem. 

Você tem consciência de que o primeiro draft de um livro não está perfeito, mas sabe que tudo pode ser melhorado. 

Mais do que isto, você acredita que possui uma mensagem ou uma história que merece ser compartilhada com o mundo.

No entanto, se você for como a maioria dos escritores – e me incluo nesta – já se deu conta de que o aparelho que mede os níveis de confiança vive oscilando para cima e para baixo.

Algumas vezes, você se pega pensando na distância do que você acabou de escrever e a lata de lixo, se o esforço vale a pena já que nada acontece ou, pior, se pode se considerar um escritor de verdade.

Pensamentos como este acabam sugando sua energia, tomam um tempo que poderia ser mais bem empregado na criação de histórias e podem causar paralisia de alguns dias, meses e até anos.

O que você escreve nunca é bom o suficiente?

Você não está sozinho. 

Às vezes, somos extremamente críticos com nós mesmos, de uma forma que talvez nunca seríamos ao analisar o trabalho de um outro autor.

Imagine se um novo escritor te pedisse para analisar o trabalho dele. 

Você não responderia com gentileza e solidariedade? Eu realmente espero que sim e é desta mesma forma que você precisa olhar para seu próprio trabalho.

Com isto, aqui vão algumas dicas para fortalecer a confiança em sua escrita:

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1. Cale os Fantasmas

Nós somos resultantes de muitas combinações culturais, sociais e familiares, não necessariamente nesta ordem. 

Na verdade, podemos afirmar sem medo de que somos frutos da desordem de ideias e ideais de outras pessoas e grupos.

As vozes de parentes, das pessoas que crescemos juntos, de professores e outros influenciadores tiveram um grande impacto em nossa maneira de pensar desde as idades mais tenras.

Leia:  Amor pelo Brilho nos Olhos do Leitor

Se você parar um segundo e tentar se lembrar de algumas delas, verá que muitas não foram nada construtivas, muito pelo contrário.

Colocar um fim em conceitos negativos, pensamentos limitantes e em nossa preocupação sobre como outras pessoas nos enxergam é difícil, mas pode ser feito com o auxílio de meditação, contemplação e até mesmo com boas risadas.

Encare da seguinte maneira:

O que os outros pensam ou pensavam de você não é da sua conta.

Saiba que nenhuma pessoa te enxerga da mesma forma.

Até a maneira como você mesmo se enxerga é diferente.

Você vai colocar esse controle na mão de outra pessoa?

Enfim, extermine as vozes de terceiros que atormentaram seu ser. 

Exorcize os fantasmas de pensamentos, ideias e crenças limitantes que te perseguem ao longo da vida. 

Isso serve também para calar seu crítico interno, mas, neste caso, precisa ser utilizado com moderação, para não deixar as coisas chegarem ao ponto de que tudo está bom.

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2. Ouça os mestres da escrita

Todos os grandes escritores, até mesmo os Best-Sellers, passaram por momentos onde sentiram o peso da cesta de lixo carregada de bolotas de papel amassado. 

Ao analisar o que eles disseram sobre suas dificuldades, você se dá conta de que enfrenta algo absolutamente normal.

Joseph Chilton Pearce dizia que para viver uma vida criativa você precisa primeiro perder o medo de estar errado. 

Orwell comparava o processo de escrever um livro ao surto de uma doença dolorosa. 

Ninguém em sã consciência levaria adiante se não fosse conduzido por uma espécie de demônio impossível de resistir e de compreender.

Para alguns pode funcionar o conselho de Ray Bradbury de apenas sair do caminho e deixar que a intuição seja o guia.

Outros podem encarar melhor a dica de James Joyce de que os erros são portais de grandes descobertas.

No mais, ler sobre outros escritores discutindo o processo de escrita é muito útil para olharmos o fruto de nosso trabalho com mais compaixão.

3. Aprimore seus talentos

A esta altura do campeonato, você já deve saber que não existem regras para escrever bem. 

No entanto, existe uma infinidade de ferramentas para auxiliar no seu trabalho de colocar uma palavra ao lado da outra.

Dos recursos gramaticais até as particularidades e requisitos de cada gênero, você tem a disposição, seja na Internet,  livros ou cursos, bons conselhos que não precisa seguir a risca, mas que podem ser extremamente úteis naquele momento que antecede a quebra de uma regra.

Leia:  Como Escrever Cenas Irresistíveis em 9 Passos

Nem todo mundo precisa de ferramentas, nem elas vão servir para todo mundo. 

Mas uma melhor maneira de fazer sua confiança aumentar ao mesmo tempo em que aumenta sua habilidade é estar em contínuo aprendizado sobre a arte de escrever.

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4. Converse com outros escritores

Eu sei que isto pode ser assustador para alguns, mas não há nada mais recompensador do que receber opinião de alguém que também conhece este sentimento. 

Você pode estar certo de que eles serão muito mais gentis e solidários com seu trabalho do que você próprio. 

Muitos irão te encorajar de uma maneira cativante.

Mas não basta apenas compartilhar seus escritos ou parte deles com outros autores e ouvir o que eles têm a dizer. 

É preciso fazer as perguntas certas:

“O que você acha que está bom?”

“O que pode ser melhorado?”

Saiba apenas como distinguir as críticas construtivas das destrutivas. 

Algumas pessoas nasceram exclusivamente para colocar fogo no circo. 

Felizmente, são facilmente reconhecíveis.

Por outro lado, a crítica construtiva dará mais força aos seus escritos. 

Mesmo que seu ego remoa ao fundo dizendo que não mudaria uma única vírgula, reconhecer o que pode ser melhorado é um grande passo na conquista da confiança.

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5. Profissionalize-se

Se seu objetivo é ser escritor, você não pode tratar as atividades relacionadas à escrita como um hobby. 

Se escrever é seu hobby, tudo bem, apenas reconheça que não é a principal meta de sua vida e continue. 

Escrever faz bem para a alma.

Agora, se você quer ser reconhecido como um escritor, publicar muitos livros, incluindo alguns Best-Sellers, é preciso elevar a atividade de escrever a um novo patamar. 

Em qualquer outra profissão você tem metas, tarefas, aprendizados e, através disto, obtém resultados. 

A confiança é conquistada com a experiência e com a prática. 

Não deve ser diferente na profissão de escritor.

Estabeleça suas metas, cumpra suas tarefas diárias sempre buscando aumentar a produtividade e reduzir a procrastinação, seja um eterno aprendiz da arte da escrita e os resultados virão. 

Pode confiar!

O que você faz para afastar os fantasmas da procrastinação e da falta de confiança? Deixe nos comentários.

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Nela você encontra treinamentos para cada etapa dessa construção, do plano, passando pela escrita até o marketing de seus livros e marca.

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24 comentários em “5 Dicas Para Ter Mais Confiança No Que Você Escreve”

    1. Como bem disse Mark Twain, as regras para escrever bem são: escreva, escreva, escreva. Li sua história do Matias. A trama tem força e captura. Minha sugestão é a de que melhore os diálogos. Senti dificuldades de acompanhar quem falava o quê. O final também ficou um pouco confuso. Acompanhe minhas dicas também no canal do Youtube: https://www.youtube.com/livrosquevendem – Um abraço e sucesso!

  1. Quem está começando, preste atenção. O Eudes é um incentivador e tudo o que ele nos ensina é extremamente útil. Mas vocês também encontrarão pessoas destrutivas, inclusive entre os seus mais próximos. Eu já ouvi coisas do tipo: “Esqueça isso, você nunca será um escritor.”; “Seu texto é horrível, não descreve você.” (notem que escrevo ficção, quem falou isso pensou que era biografia). Tem ditados destrutivos, que vez ou outra são citados: “Santo de casa não faz milagres”, “A grama do vizinho sempre é mais verde”, insinuando que autores consagrados ou estrangeiros são os únicos melhores. Aprendi que nestes casos o melhor a fazer é esconjurar estas almas negras, antes mesmo de aprender sobre o “foda-se” neste texto. Albert Einstein disse: “Nunca me preocupo com o futuro… muito em breve, ele virá.”. Eu não sou Einstein: escrevo sobre o futuro e vou fazer o meu. Pensem nisto.

  2. Olha, comecei a ler os seus livros agora e estou aprendendo muito. Obrigado pelas dicas e continue firme. Estou começando meu caminho e continuarei contando contigo.
    Renato Paiva

  3. Que bacana, me sinto como se alguém me segurasse, tanto braços como pernas, as mãos, lutando pra eu não escrever, preciso vencer isso! Escrever é meu desenho e sonho ter pelo menos um livro publicado. Obrigada, quando crescer vou ser igual a você Eles!

  4. essas dicas me motivaram muito,tomei a decisão de comprar todos seus livros ,pois é disso que preciso,estou escrevendo um livro já faz um ano,acho que tenho quase todos estes defeitos,sei que meu livro vai ser ótimo,mas não consigo progredir,minha meta é terminar este ano,conto com sua ajuda,valeu Eldes.

  5. Jane Miranda Lucas

    Ola ! Eu tenho vontade de escrever um livro desde o início dos anos oitenta. Quando eu era criança já vivia com a cabeça cheia de idéias. Sou professora de português , e já me aposentei. Eu nasci com dons paranormais. E esses dias agora minha sobrinha me pediu para que eu contasse em um livro minhas experiências de tudo o que já vi, e sobre os meus conhecimentos experimentados a respeito. Acredito que agora posso fazer isso. Estou sim interessada.

  6. Oi Eldes. Como vai?
    Muito bons os seus conselhos.
    Publiquei dois livros, um de contos, outro de histórias do quotidiano, estão em sites para venda mas, infelizmente, não vendi. E já lá vão alguns anitos.
    Eles estão lá nos sites mas são como fantasmas. Enfim!
    Comecei um romance mas não tenho incentivo para continuar. Sei que devia escrever sempre, sempre e não parar. Mas depois penso: para quê? E depois é como diz: por vezes as pessoas que nos deviam apoiar são as que nos deitam p’ra baixo.
    Mas sempre gostei muito de ler e escrevo desde a minha juventude. Agora, no Outono da vida, nem sei se vale a pena.
    Mas, escrever, para mim é como um bálsamo para a alma. Como não escrevo há muito, por motivos alheios à minha vontade, sinto essa falta.
    Gosto muito dos seus artigos e sigo o seu blog.
    Tenho um blog onde já não escrevo há tempos.

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